Açores 2

No Verão de 2006 tive o privilégio de visitar o laboratóro de Geologia que é o arquipélago dos Açores, e para que saibam o quanto a vossa dedicada professora tem amor à camisola, aqui vos deixo algumas imagens de trabalho de campo na recolha das amostras que vos vou mostrar nas aulas.

Este é o vulcão dos Capelinhos (magnífico!) na ilha do Faial, e em baixo sou eu, enterrada até aos tornozelos, a recolher cinza vulcânica para um saquinho.

Não faço ideia o que terão pensado as restantes pessoas da excursão, ... mas isto há gente para tudo ...

Estas são fotografias tiradas dentro da chaminé de um vulcão, o algar do carvão, na ilha Terceira. Só há dois vulcões no mundo onde se pode entrar, este e outro, na Indonésia. Estava um frio desgraçado lá dentro ... mas valeu a pena, foi uma experiência fantástica.

E para recordar essa experiência, deram-me este cartão à saída.




Uma coisa que não vou poder levar para as aulas é o cheiro a enxofre das fumarolas ... é horrível, mas a curiosidade e o entusiasmo eram tão grandes que me pareceu o melhor perfume. É como sentir o hálito ou o súor da Terra!

E já agora, não resisto a mostrar-vos este pequeno cone vulcânico de piroclastos ...

... não é uma beleza? Foi neste local que recolhi amostras de bagacina (o nome dado nos Açores aos lapilli) que também vos vou mostrar.

E agora que sabem como a vossa professora é dedicada ... apreciem as amostras na próxima aula.

Açores

O arquipélago dos Açores situa-se em pleno Oceano Atlântico no ponto de confluência de três placas litosféricas: a placa Americana, a placa Euro-Asiática e a placa Africana. Esta localização, em zonas de limite de placas litosféricas, determina a intensa actividade geológica das ilhas deste arquipélago. Vulcões activos, como o vulcão dos Capelinhos e o vulcão submarino da Serreta, caldeiras vulcânicas, fumarolas de gases de enxofre e imponentes cones vulcânicos, como o vulcão do Pico, são alguns dos aspectos que revelam a natureza vulcânica destas ilhas.

Vulcanismo Atenuado

Os géiseres, como o ilustrado na fotografia, são manifestações atenuadas de actividade vulcânica. O magma, que permanece quente, no interior da Terra, após ter cessado a actividade eruptiva, aquece as rochas encaixantes, as quais, por sua vez aquecem a água subterrânea. A água é libertada à superfície na forma de jactos intermitentes.

O tsunami no Oceano Indico

Quando um sismo de grande magnitude tem epicentro no mar, o deslocamento das rochas do fundo oceânico faz movimentar grandes volumes de água, criando uma onda gigante ou tsunami. Á medida que a onda atinge zonas de águas cada vez menos profundas, a altura das ondas aumenta e acabam por se precipiar nas zonas costeiras.

Quando a Terra Treme

A Terra manifesta-se, por vezes, de forma repentina e violenta libertando a energia acumulada durante longos períodos de tempo. São os sismos.

Os vulcões - janelas para o interior da Terra

Os métodos directos para o estudo da Geosfera

É romântica a ideia de viajar ao centro da Terra ... e já foi tão ficcionada que os alunos continuam a pensar que aconteceu mesmo. Admiram-se que o ser humano tenha conseguido furar apenas 12 km do nosso planeta, num raio total de cerca de 6370 km.

Sobre a viagem ao interior da Terra digo-lhes o mesmo que em relação à Lua: Não prometam levar lá a(o) vossa(o) namorada(o) porque não vale nada, há locais bem melhores aqui à superfície! O calor é imenso e a pressão altissíma. Ser cozido e esmagado não é lá muito agradável ... que o digam as rochas metamórficas que quando não conseguem resistir mais acabam por fundir.

Mas, vejamos, então, o que nos esperaria se conseguíssemos mesmo fazer a tal viagem

O núcleo da Terra é constituído por uma liga de Ferro e Níquel. O núcleo interno encontra-se no estado sólido e o núcleo externo está fundido. É a pressão a que estão sujeitos os materiais que determina o aumento do ponto de fusão com a profundidade.

O manto, situado exteriormente ao núcleo, é constituído por material rochoso, globalmente no estado sólido.

A crosta é a camada mais exterior da Terra e também a mais fina. É constituída por materiais rochosos e divide-se em crosta continental e crosta oceânica.